23/05/2016    13:11hs

Árbitro Paulista anuncia aposentadoria  para virar comentarista de televisão

Flávio Rodrigues Guerra pendura apito após dezessete anos de carreira e varias polêmicas. Uma delas derrubou do cargo o padrinho de casamento

O árbitro Paulista Flávio Rodrigues Guerra (foto), 37 anos, resolveu “pendurar” o apito após 17 anos de carreira e muitas polêmicas. Segundo informações, Guerra será comentarista de arbitragem na Rede Família de Televisão. A emissora tem sede em Limeira, no Estado de São Paulo e pertence a Edir Macedo, empresário, fundador e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.

Flávio Guerra passará a ter um quadro sobre os lances polêmicos da arbitragem às terças-feiras no “Rede Família Esportes”, das 19:00 às 20:00 horas.

“Apesar de ter condições de apitar por mais alguns anos, estava ficando difícil conciliar as arbitragens com minhas atividades de funcionário público, principalmente agora em jogos do Campeonato Brasileiro. Quando surgiu a possibilidade de atuar na análise da arbitragem, fiz uma reunião com a direção da Rede Família e optei em deixar o apito e pegar o microfone” - explicou Flávio Guerra.

O agora ex-árbitro, a partir de junho, também passará ter uma coluna semanal sobre arbitragem na internet no “Portal Futebol Interior”.

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Polêmicas

A trajetória de Flávio Guerra na arbitragem teve inicio, meio e fim com polêmicas. Em 2008, surgiu na arbitragem na partida em que o Palmeiras goleou o São Paulo por 4 a 1, em confronto disputado no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pela 15.ª rodada do Campeonato Paulista daquele ano. Três dos quatros gols do verdão na partida foram anotados através de pênaltis que geraram muitas polêmicas à época.

Em 2012 A Comissão Nacional de Arbitragem o afastou por tempo indeterminado após atuação bastante contestada pelo Sport na derrota por 2x1 para o Atlético-MG, em Belo Horizonte.

Em 2015 foi punido pela Quinta Comissão Disciplinar do STJD com 100 dias de suspensão (depois reduzido para 60) e multado em R$ 1 mil após jogo em que o Corinthians venceu o Santos por 2 a 0. Depois de marcar pênalti a favor dos mandantes, cometido por Zeca em Vagner Love, o árbitro expulsou de forma equivocada o zagueiro David Braz, que nem estava presente na jogada.

Polemica expulsão de David Braz do Santos em clássico contra o Corinthians

Ainda cumprindo a pena de 100 dias imposta pelo STJD, atuou na vitória por 1 a 0 do São Paulo sobre o Figueirense, em partida válida pela terceira fase da Copa São Paulo de Juniores de 2016. O erro custou o emprego do coronel Marcos Marinho na presidência da comissão de arbitragem da FPF.

Pessoal

Flávio Rodrigues Guerra nasceu no dia 30 de junho de 1979  em Penápolis.  É filho do motorista  carreteiro, Francisco Guerra e da dona de casa Luiza Guerra, sendo o primogênito de três irmãos: Flávio, Vanderlei e Edílson.

Tem sua ligação com o esporte de forma mais marcante a partir da adolescência, período que também obteve seu primeiro emprego numa empresa de autopeças. Participou de escolinhas de futebol da prefeitura, mas o interesse maior foi para a arbitragem. Aos 15 anos, no Centro de Lazer do Trabalhador, apitou seu primeiro jogo em oportunidade dada pelo esportista João Vieira.

Apesar de ainda muito novo,  passou a apitar diversos jogos  em partidas amadoras na cidade e na zona rural. Aos 18 anos iniciou curso de Educação Física em Lins, o que conciliou numa difícil rotina também com viagens semanais a São Paulo para o curso Escola de Árbitros Flávio Iazetti.

 

 

No ano de 2007 passou a integrar o quadro de árbitros da CBF e foi eleito melhor árbitro do Campeonato Paulista de 2008.

Guerra, suspenso pelo STJD, antes da partida São Paulo e Figueirense pela Copa São Paulo

Flávio Guerra, também é agente educacional na unidade da Febem em Campinas, onde reside atualmente.

Nota do Apitonacional

O “Boneco de Olinda”, como é carinhosamente conhecido no meio, ficou mais conhecido pelas polêmicas ao longo da carreira do que pela sua capacidade de arbitrar partidas de futebol.

Mesmo sendo fraco tanto tecnicamente como disciplinarmente, sempre contou com a proteção e boa vontade das comissões de arbitragens da FPF e CBF. Pela Federação Paulista de Futebol, cujo ex-chefe da arbitragem (Marcos Marinho) é seu padrinho de casamento, atuou em vários jogos, inclusive alguns clássicos.

Já pela CBF foi escalado em 72 partidas nacional, sendo oito pela Copa do Brasil, vinte e uma pela série A, vinte e cinco pela B, quatro pela C e quatorze pela série D.

A noticia certamente deixara muitos felizes, pois Flávio Rodrigues Guerra foi um árbitro do baixo clero, de mediano pra baixo na arbitragem brasileira e assim como outros não vai deixar nenhuma saudade. Alias ninguém já nem lembra mais dele!

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