07/08/2015    12:07hs

Após veto, árbitros querem proibir     imagem na TV; Greve não esta descartada

A ameaça de paralisação ocorre em virtude do veto da presidente Dilma Rousseff a um dos itens da MP 671, sancionada na ultima quarta-feira

Após o veto da presidente Dilma Rousseff ao artigo da MP 671 que estabelecia que a arbitragem tivesse direito a 0,5% dos valores oriundo dos direitos de transmissão dos jogos no Brasil pelo direito de arena aos árbitros, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) estuda medidas judiciais que possam reverter a situação.

Uma das medidas estudadas, segundo o presidente da Anaf, Marco Antônio Martins (foto), é pedir à Justiça a proibição de que árbitros tenham suas imagens veiculadas em transmissões de jogos. Algo que tornaria inviável qualquer televisionamento ao vivo, já que o árbitro é presença constante em campo.

Todos os árbitros do Campeonato Brasileiro são ligados à ANAF. Para efeito de comparação, os sindicatos de atletas recebem 5% do Direito de Arena, cujo valor é repassado aos atletas. Os árbitros não recebem nada, nem pela a arena e nem pelas propagandas que ostentam em seus uniformes.

 
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"Nosso jurídico está estudando entrar com liminar para que nossas imagens não sejam exibidas durante as transmissões, afinal não recebemos para isso. Os jogadores têm direito a 5% da Arena, mas os árbitros não têm. E pensar que 0,5% já era uma porcentagem irrisória. Foi uma longa batalha para convencer deputados e senadores [a aprovar a MP]. E quando pensávamos que a justiça enfim ocorreria, ela [Dilma] barrou", - disse Marco Antonio Martins.

Apesar de não admitir publicamente, a greve não esta descartada totalmente, pois a entidade pretende convocar uma assembleia dos árbitros onde, nesse encontro, essa medida pode ser colocada em pauta. A Associação dos Árbitros promoverá ainda, reunião nesta sexta-feira à tarde (7), no Rio de Janeiro, onde os árbitros estão reunidos em treinamentos pela CBF para discutir a possibilidade de uma greve nos campeonatos organizados pela CBF.

"A posição da ANAF é no sentido de fazer a greve, mas para isso precisamos ouvir os árbitros. Quem vai decidir pela greve são eles [árbitros]. Vamos nos reunir para decidir se nossa vontade [de greve] será aprovada. Não dá para continuar do jeito que está" - informou o presidente da ANAF em entrevista ao UOL.

Um dos motivos que poderiam brecar a greve seria não prejudicar outras pessoas que trabalham com o futebol, mas justamente por pensar assim que a classe é totalmente subserviente e desacreditada. Um grupo mais radical aposta que só com paralisações que a categoria se fará ouvida.

Outra medida possível, essa no campo político, seria a derrubada do veto no congresso nacional. Em conversa com o Apitonacional, Evandro Rogério Roman, Deputado do PSD/PR, líder da bancada do apito, diz que esta estudando os motivos do veto presidencial e que de forma serena fará as articulações necessárias no congresso para a derrubada do veto.

O direito de arena é o ressarcimento pago pelas TVs pelo uso da imagem, principalmente de atletas, em televisionamento de jogos. A Anaf calcula que, se o artigo fosse mantido na lei de responsabilidade fiscal do futebol, a associação teria entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões para repartir com os árbitros anualmente.

"Uma pressão política, de pessoas que não querem que a arbitragem tenha verba, fez com que a presidente vetasse. Um absurdo, algo que batalhamos por anos", disse o presidente da Anaf.

Segundo ele, o veto da presidente foi uma recomendação da AGU (Advocacia-Geral da União), que avaliou que o dinheiro do direito de arena seria usado para a qualificação dos árbitros. O entendimento do governo federal, porém, é que há outras verbas para se fazer isso.

"O dinheiro do direito de arena não é público, é privado. E um direito dos árbitros que tem a imagem transmitida para milhões de pessoas" - disse Martins.

A CBF ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Nota do Apitonacional

O Apitonacional entende que a situação referente a arbitragem ultrapassou e muito todos os limites toleráveis. Que não é mais aceitável o trabalho escravo dos árbitros se levarmos em consideração o ganho dos demais envolvidos diretamente com o futebol. Também entendemos que e a subserviência dos dirigentes do apito e dos homens de preto deve ter um limite que há muito foi superado.

 

Chega dos árbitros serem explorados tantos por clubes como pela CBF que através de sua comissão de arbitragem manipula de todas as formas a arbitragem e ainda usam da imagem do árbitro para usufruir lucros abundantes. Os valores arrecadados com patrocínios nas camisas dos árbitros, guardados a sete chaves em uma caixa preta, passa facilmente dos cinco milhões de reais anuais. Para onde vai todo esse dinheiro não sabemos ainda com certeza, pois o sigilo é absoluto, mas possivelmente não são usados na arbitragem como se supunha, como se deveria. Tem alguém levando muito enquanto os árbitros ficam com pouco ou quase sem nada!

Os dirigentes do apito, capitaneados por Marco Martins, parece terem acordados e queira Deus que sim, para enfrentar essas verdadeiras capitanias hereditária, aqui representadas pela CBF e pelos clubes que ha muito tempo escravizaram a arbitragem. Mas para isso terão que ter apoio dos principais interessados, os árbitros, oriundos de uma categoria historicamente reconhecida como desunida e incapaz de mover uma batalha sequer para lutar por seus direito e que beneficiará a todos.

Parafraseando o Presidente americano John F. Kennedy que disse certa vez: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país". eu digo:

"Não pergunte o que a arbitragem pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer pela arbitragem"!

Apitonacional, compromisso só com a verdade!

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