"Nosso jurídico está
estudando entrar com liminar para que nossas imagens não sejam
exibidas durante as transmissões, afinal não recebemos para isso. Os
jogadores têm direito a 5% da Arena, mas os árbitros não têm. E pensar
que 0,5% já era uma porcentagem irrisória. Foi uma longa batalha para
convencer deputados e senadores [a aprovar a MP]. E quando pensávamos
que a justiça enfim ocorreria, ela [Dilma] barrou", - disse Marco
Antonio Martins.
Apesar de não admitir
publicamente, a greve não esta descartada totalmente, pois a entidade
pretende convocar uma assembleia dos árbitros onde, nesse encontro,
essa medida pode ser colocada em pauta. A Associação dos Árbitros
promoverá ainda, reunião nesta sexta-feira à tarde (7), no Rio de
Janeiro, onde os árbitros estão reunidos em treinamentos pela CBF para
discutir a possibilidade de uma greve nos campeonatos organizados pela
CBF.
"A posição da ANAF é no sentido
de fazer a greve, mas para isso precisamos ouvir os árbitros. Quem vai
decidir pela greve são eles [árbitros]. Vamos nos reunir para decidir
se nossa vontade [de greve] será aprovada. Não dá para continuar do
jeito que está" - informou o presidente
da ANAF em entrevista ao UOL.
Um dos motivos que poderiam
brecar a greve seria não prejudicar outras pessoas que trabalham com o
futebol, mas justamente por pensar assim que a classe é totalmente
subserviente e desacreditada. Um grupo mais radical aposta que só com
paralisações que a categoria se fará ouvida.
Outra medida possível, essa no
campo político, seria a derrubada do veto no congresso nacional. Em
conversa com o Apitonacional,
Evandro Rogério Roman, Deputado do PSD/PR, líder da bancada do apito,
diz que esta estudando os motivos do veto presidencial e que de forma
serena fará as articulações necessárias no congresso para a derrubada
do veto.
O direito de arena é o
ressarcimento pago pelas TVs pelo uso da imagem, principalmente de
atletas, em televisionamento de jogos. A Anaf calcula que, se o artigo
fosse mantido na lei de responsabilidade fiscal do futebol, a
associação teria entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões para repartir com
os árbitros anualmente.
"Uma pressão política, de pessoas que não
querem que a arbitragem tenha verba, fez com que a presidente vetasse.
Um absurdo, algo que batalhamos por anos", disse o presidente da
Anaf.
Segundo ele, o veto da presidente foi uma
recomendação da AGU (Advocacia-Geral da União), que avaliou que o
dinheiro do direito de arena seria usado para a qualificação dos
árbitros. O entendimento do governo federal, porém, é que há outras
verbas para se fazer isso.
"O dinheiro do direito de arena não é
público, é privado. E um direito dos árbitros que tem a imagem
transmitida para milhões de pessoas" - disse Martins.
A CBF ainda não se pronunciou
sobre o assunto.
Nota do
Apitonacional
O
Apitonacional entende que a situação referente a arbitragem
ultrapassou e muito todos os limites toleráveis. Que não é mais
aceitável o trabalho escravo dos árbitros se levarmos em consideração
o ganho dos demais envolvidos diretamente com o futebol. Também
entendemos que e a subserviência dos dirigentes do apito e dos homens
de preto deve ter um limite que há muito foi superado.
Chega dos árbitros serem
explorados tantos por clubes como pela CBF que através de sua comissão
de arbitragem manipula de todas as formas a arbitragem e ainda usam da
imagem do árbitro para usufruir lucros abundantes. Os valores
arrecadados com patrocínios nas camisas dos árbitros, guardados a sete
chaves em uma caixa preta, passa facilmente dos cinco milhões de reais
anuais. Para onde vai todo esse dinheiro não sabemos ainda com
certeza, pois o sigilo é absoluto, mas possivelmente não são usados na
arbitragem como se supunha, como se deveria. Tem alguém levando muito
enquanto os árbitros ficam com pouco ou quase sem nada!
Os dirigentes do apito,
capitaneados por Marco Martins, parece terem acordados e queira Deus
que sim, para enfrentar essas verdadeiras capitanias hereditária, aqui
representadas pela CBF e pelos clubes que ha muito tempo escravizaram
a arbitragem. Mas para isso terão que ter apoio dos principais
interessados, os árbitros, oriundos de uma categoria historicamente
reconhecida como desunida e incapaz de mover uma batalha sequer para
lutar por seus direito e que beneficiará a todos.
Parafraseando o Presidente
americano John F. Kennedy que disse certa vez: "Não pergunte o que seu
país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu
país". eu digo:
"Não pergunte o que a arbitragem pode fazer por você. Pergunte o que
você pode fazer pela arbitragem"!
Apitonacional, compromisso só com a verdade! |