21/04/2015    08:09hs

Pegou pesado: Sérgio Corrêa diz que árbitro carioca tem postura antiga

O presidente da Conaf criticou duramente o árbitro Rodrigo Nunes de Sá  por não ter mostrado cartão ao atacante Gilberto do Vasco no domingo

A coisa anda feia na arbitragem do Rio de Janeiro e grande parcela da culpa recai sobre as costas de Jorge Fernando Rabello, presidente da Comissão de Arbitragem da FERJ. Avesso as determinações vindas da CA-CBF, comandada por Sérgio Corrêa (foto), contra quem mantêm um ódio mortal, o chefe do apito carioca faz questão de orientar seus árbitros para não aplicarem no estadual as orientações que eles recebem da CBF.

A de domingo, quando o atacante Gilberto do Vasco subiu as escadas que dão acesso as arquibancadas do Maracanã sem ser punido por orientação de Rabello não não foi a primeira. Uma delas ocorreu durante as experiências realizadas com os árbitros adicionais quando a COAF/RJ peitando a CBF e a FIFA colocou seus AAAs em posição contraria ao determinado pelas duas entidades superiores.

O resultado da rebeldia é o pior possível, principalmente para os árbitros, os principais prejudicados, pois também trabalham em jogos

da entidade nacional que por sua vez os escala em poucos jogos por não estarem alinhados com as determinações nacional.

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O confronto da vez, por conta da não punição do vascaíno Gilberto, tem duas orientações diferentes. A Comissão de Arbitragem de Futebol do Rio (COAF/RJ) aconselha a não advertência. Já a CBF orienta justamente o contrário.

Essa orientação de subir na escada e dar cartão é da CBF. Cada campeonato tem sua particularidade. Essa questão não é parte da regra, é recomendação José Carlos Santiago

José Carlos Santiago, vice-presidente da comissão de arbitragem da Ferj, que foi o técnico do apito na decisão explica que não é necessário a punição, segundo a Ferj.

"Essa orientação de subir na escada e dar cartão é da CBF. Não demos essa orientação na pré-temporada. Na Copa do Mundo, todo mundo subiu. A Comissão acha legal o jogador comemorar com a platéia. Quem extrapolou foi o Rafael Silva, talvez esse tivesse que levar amarelo" - disse o dirigente, que ainda acrescentou:

"Cada campeonato tem sua particularidade. Essa questão não é parte da regra, é recomendação. A regra fala dar cartão por exceder na comemoração. Isso independe de subir ou não. Cada comissão tem uma orientação. Aqui, não pregamos isso" - frisou Santiago.

Rodrigo Nunes de Sá que segundo Sérgio Corrêa apita a moda antiga

Já o presidente da comissão de arbitragem da entidade nacional, Sérgio Corrêa pensa diferente. A omissão do árbitro Rodrigo Nunes de Sá diante dos vascaínos nos braços da torcida, no Maracanã, indignou Corrêa, que não poupou criticas ao não cumprimento das determinações da Conaf e até mesmo ao próprio árbitro a quem praticamente chamou de 'ultrapassado'.

"O lance é para amarelo. A lei é muita clara quanto a isso. Soltamos uma circular que fala justamente desse tema. Está no item 11 das orientações para 2015. Nas arenas da Copa, as escadas substituem os alambrados. Assim como subir no alambrado, subir na escada se caracteriza conduta antiesportiva" - disse Sérgio Corrêa.

"Quando o jogador sobe no alambrado ou a escadinha e não acontece nada, todo mundo acha bonito. Mas e no dia em que houver tumulto e alguém se machucar? Quem vai se responsabilizar?" - questiona Corrêa.

 

Como era esperado, sobrou para o árbitro Rodrigo Nunes de Sá, muito criticado pelo chefe da arbitragem nacional.

"Ele marcou cinqüenta e poucas faltas (foram 54). Jogo com ele não anda. Ele tem uma postura antiga. O árbitro moderno tem que conter a violência sem interromper tanto a partida" - frisou o presidente da CA-CBF.

Como diz o provérbio: "Na briga do mar com o rochedo quem sempre leva a pior é o marisco".

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